No alto daquele morro tem um coqueiro

Zé Pereira que é Zé Pereira não dorme. Depois de todos os blocos de ontem a noite terminou na praia de Ipanema, que estava lotada depois da passagem do "Simpatia é Quase Amor" e do "Que Merda é Essa?" e na esperança dos desavisados de rolar o "Empolga às 9". Com tanta gente junta no carnaval carioca não poderia ser diferente; aconteceram vários blocos espasmáticos. 

Eu e meu amigo Saci Pererê vimos uma cena tradicional carnavalesca. Dois sujeitos levando um fora de duas mocinhas. Normal, não tivesse acontecido tão na nossa frente a ponto dos indivíduos se sentirem na intimidade de puxar papo conosco depois do fora. "Com essas aí não rolou, mas não dá pra ganhar todas. Já peguei 8.", disse um deles se gabando. "Viemos lá de Minas e o carnaval aqui do Rio é uma maravilha."

O Saci que não é bobo já foi puxando a sardinha pra ele quando disseram vir de Minas Gerais. Falou da Associação dos Criadores de Saci, que fica em Itajubá, no sul de Minas, e da Sociedade dos Observadores de Saci. Só pra se gabar também. Mineiro que é mineiro também não fica pra trás e nossos novos amigos interioranos contaram o segredo de suas conquistas. Uma cantada infalível que vou lhes contar em primeira mão. Eles abordam as menininhas "prendadas" com a inesquecível questão: "No alto daquele morro tem um coqueiro. Um coco caiu do coqueiro. Rola ou não rola?"

Saci e eu ficamos estupefatos. Conhecemos muitas histórias. O Curupira então bota fogo nas nossas cabeças de tanta história, mas essa do coqueiro foi inédita. Mais 2 minutinhos de papo e lá seguiram os dois e seus coqueiros para abordar outras moçoilas. Como vieram foram. No estilo de amizade de carnaval. E nem sei seus nomes para dar crédito a tal cantada.

Salve Momo!

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